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sábado, maio 17, 2025
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Investimento, experiência e networking: 8 motivos que fazem a estratégia venture builder ser boa para startups

A necessidade de aporte financeiro para expansão do negócio é um dos principais motivos para empreendedores recorrerem a investimentos externos

*Por Gustavo Carriconde

O mercado empresarial está repleto de termos que frequentemente fogem da compreensão daqueles que não estão inseridos diretamente nele. Investidor anjo, private equity e venture builder, por exemplo, são algumas dessas expressões que carecem de explicação e, por consequência, diferenciação. As três se referem a aportes financeiros realizados em empresas, porém, se diferenciam especialmente pela forma.

Enquanto um investidor anjo é uma pessoa que destina parte do próprio capital em negócios novos ou com potencial de crescimento, e não tem controle sobre as decisões da companhia, o modelo de investimento private equity reúne recursos para investir em empresas consolidadas e tem foco de retorno financeiro a médio ou longo prazo. A estratégia venture builder, por sua vez, se caracteriza por nomear os investimentos de “construção”. Esse modelo de aporte, que coloca o investidor no quadro societário da companhia, tem como intuito direcionar uma startup, por exemplo, a um novo patamar, seja por meio de expansão, fusão ou vendas. O foco deste texto é justamente sobre o terceiro modelo de investimento, que registra grande procura de startups ao apresentar muitos pontos positivos.

Uma venture builder é uma organização que atua no desenvolvimento de outras empresas que têm como base a tecnologia e a inovação, ou seja, startups. Em geral, ela aporta investimentos que vão bem além das finanças, já que também dão apoio no desenvolvimento e incorporação da startup no ecossistema onde ela está inserida. Em outras palavras, a estratégia venture builder possibilita à parte que recebeu o aporte a aceleração do negócio, conexões com outros investidores e demais agentes importantes no ecossistema de inovação. Por isso, as venture builders são conhecidas como “fábricas de startups”, já que constroem infraestruturas compartilhadas para intercâmbio de ideias, em diferentes etapas do negócio.

De acordo com relatório divulgado recentemente pelo Sling Hub, as startups brasileiras arrecadaram R$ 10,1 bilhões entre janeiro e abril de 2021, o que representa R$ 6,9 bilhões a mais que o valor arrecadado no mesmo período do ano anterior. Números tão robustos exemplificam o cenário atual em que esses tipos de negócio estão envolvidos: grande participação de investidores em ideias que têm grande potencial de sucesso e que ainda necessitam de aporte financeiro, algo comum não apenas no Brasil, mas também no mundo. São inúmeras as vantagens de uma startup aderir à estratégia de venture builder, com razões que estão bem além do dinheiro — apesar de ele ser fundamental.

Aporte financeiro

Empresas que recorrem à estratégia de venture builder conseguem bastante impacto positivo nas operações em razão do aporte financeiro. Afinal, é por meio dos valores inseridos na startup sob tal modelo que se torna possível ampliar todas as frentes de negócio.

Conhecimento técnico

Uma venture builder oferece a uma startup todo o conhecimento técnico necessário para expandir suas metas, afinal, ela tem um grupo de profissionais altamente capacitado e experiente, responsável por auxiliar os membros da empresa de tecnologia em todas as etapas internas que forem necessárias.

Equipe multidisciplinar

Outra vantagem possibilitada pela venture builder reside na multidisciplinaridade de apoio, como finanças, frente jurídica e marketing, elementos cruciais de uma companhia frequentemente deficitários em empresas que ainda não alcançaram um estado pleno de desenvolvimento.

Experiência no mercado

Venture builders geralmente são formadas por grandes nomes do mercado, experientes e com faro de negócios extremamente apurados. Por isso, contar com essas pessoas em algumas decisões pode ser fundamental na hora de a startup tomar uma medida mais arriscada.

Aumento do networking

A experiência de grandes nomes do mercado no comando de uma venture builder agrega muito à startup que consegue tal tipo de investimento. Especialmente porque essas pessoas têm excelente trânsito no mercado e facilitarão a integração da empresa de tecnologia com outros atores, como órgãos reguladores e até outros investidores. O networking oferecido pelas venture builders é uma das principais vantagens desse tipo de parceria.

Modelagem e design de projetos

Projetos inovadores movem startups, por isso, é sempre necessário ter o melhor corpo técnico para avaliar e desenvolver a melhor modelagem dos produtos e serviços que estão em processo de criação. Mais uma coisa que uma venture builder, por exemplo, pode oferecer.

Validação acurada de MVPs

Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável, em português) é uma maneira de validar hipóteses importantes para a startup, fundamental para decidir os rumos da empresa de tecnologia. Por isso, a presença de uma venture builder com técnicos especialistas nessa tarefa auxiliará bastante nas tomadas de decisão.

Desenvolvimento do Compliance

Uma empresa confiável e eficiente passa, entre diversos elementos, por um bom Compliance, ou seja, por diretrizes de ação bem definidas, sejam internas ou externas. A participação de uma venture builder no processo certamente auxiliará na estruturação de práticas reconhecidas no mercado cujo intuito é garantir a integridade do negócio junto a todos os stakeholders.

*Gustavo Carriconde é CEO da Gutenberg Ventures, desenvolvedora de startups e soluções inovadoras.

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