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sexta-feira, maio 9, 2025
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Os impactos do divórcio na vida dos filhos

É comum as crianças participarem de situações conflituosas do relacionamento conjugal dos pais muito antes da assinatura do divórcio. Algumas crianças não conseguem entender o que está acontecendo em seu ambiente familiar e ficam tensas e inseguras quando veem seus pais juntos, pois ficam de sobreaviso que algo possa desencadear um momento de conflito.

Quando os pais anunciam a ruptura do matrimonio, começa então a desencadear falhas na comunicação entre eles, havendo interpretações errôneas que podem permear mágoas e ressentimentos gerando conflitos que afetam diretamente o exercício parental, ou seja, confunde-se o papel marido x mulher com o de pais x filhos.

O rompimento conjugal não envolve apenas o “sair de casa”, o que faz surgir sentimento de perda, abandono, fracasso, rejeição, medo e insegurança, mas a necessidade de assumir responsabilidades legais, sociais e emocionais que esse momento exige. Esse movimento de saída pode gerar sentimentos depreciativos por questões mal resolvidas pelo ex-casal, o que pode afetar fortemente os filhos desta relação.

É muito difícil para um filho, perder a convivência diária com um dos pais. Quando uma separação é mal conduzida, principalmente quando os filhos são colocados no meio dos conflitos, os efeitos psicológicos podem ter consequências desastrosas, podendo desencadear crise de ansiedade, insegurança, medos, traumas, depressão e suicídio.

Infelizmente, em muitos casos, ocorre do pai ou a mãe querer se desvincular e desligar completamente da relação, gerando consequências psicológicas terríveis para a vida do filho. Surge, então, o medo, consciente ou inconsciente, e a percepção de que os adultos não são confiáveis.

É necessário que os pais distingam os papeis entre parentalidade e conjugalidade e que conduzam com maturidade e respeito a sua função, compreendendo os novos desafios da eminência do novo formato familiar que instituem as redefinições de papeis.

Para a criança, a separação representa um mistério, no qual não se conhece as causas, é importante os pais conversarem com clareza e objetividade descrevendo como será o novo formato familiar. É importante deixar claro para a criança quais serão os dias de visita, isso gera na criança segurança de que ela continuará mantendo contato com ambos os pais.

Quando a família atenta-se aos cuidados necessários com o filho e oferece um espaço de acolhimento e respeito, esse processo tão doloroso para todos pode tomar rumos diferentes, a criança vai entender que a separação aconteceu na relação conjugal e não na relação de pais x filho.

Vanessa Vigatto

CRP 06/191435

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