Por Daniel Cambraia
Não é segredo para ninguém que sempre passamos por transformações. Desde que o mundo é mundo, as mudanças fazem parte do nosso processo de evolução e desenvolvimento. Quando falamos de negócios, não é muito diferente. Hoje, além de novas ferramentas que possibilitam aprendizado, contamos também com novos perfis e comportamentos neste meio.
É como se uma nova era de investidores estivesse nascendo. Bom, na verdade, ela está. Cada vez mais, organizações estão provendo uma nova forma de aproximar empresas de impacto ao investidor comum, desmistificando a ideia de que isso é algo apenas para investidores anjos ou investidores de risco. Arrisco dizer, talvez, que há um processo de democratização de investimentos, tornando viável a realização de muitos projetos com potencial de transformação.
Há alguns anos, por exemplo, houve a migração de investimentos dos grandes bancos para as grandes corretoras. Dando continuidade a esse movimento, esse mesmo investidor encontrou novas maneiras de diversificar e sofisticar a alocação do seu patrimônio. Tecnologia e conhecimento aproximaram o investidor comum ao mundo do empreendedorismo e inovação, e hoje é possível investir e participar do crescimento das empresas através de investimentos diretos e com boa relação de risco x retorno.
Essa nova janela somada a uma boa disciplina na alocação de capital é uma combinação vencedora, e o bom investidor deve absorver e acompanhar essas mudanças.
Nas economias modernas os investidores já se atentaram a esse movimento, investimentos alternativos representam parcelas cada vez mais significativas no portfólio. O que nos leva a pergunta, qual o veículo e formato mais inteligente para trilhar esse caminho?
A democratização dos investimentos de risco pode ser uma resposta. Proporcionar a experiência de escolher, falar e ser ouvido é permitir que qualquer pessoa possa se sentir dona do próprio negócio. A voz ao investidor pode ser a resposta para a nova economia, e a troca de relações entre empresas e investidor pode contribuir para um ecossistema mais rico e inteligente.
*Daniel Cambraia é CEO da BridgeHub, plataforma de finanças brasileira.