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sábado, abril 20, 2024
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Sono reparador melhora funções fisiológicas e pode ajudar a emagrecer

Estudo inédito aponta relação de quantidade e qualidade de horas dormidas com o desempenho metabólico de quem faz exercícios ou está tentando perder peso

Uma pesquisa da universidade britânica King’s College London, recentemente divulgada, revelou um novo malefício de dormir pouco ou mal. Menos de sete horas de descanso por noite tendem a aumentar o apetite, atrapalhando o processo metabólico de emagrecimento ou manutenção de peso.

Os voluntários do estudo que tiveram o sono interrompido diversas vezes em uma mesma noite. Com isso, comeram mais do que o habitual e escolheram alimentos menos saudáveis no café da manhã. A razão disso, segundo os pesquisadores, é que uma noite de sono interrompido afeta hormônios relacionados à fome. Além disso, a pesquisa sugere que, quando exposto à comida em um estado de privação do sono, há uma ativação maior em áreas do cérebro do indivíduo. Associadas com recompensa, fazendo com que alimentos ricos em açúcar e gordura sejam escolhidos.

Para quem pratica exercícios físicos durante o dia, o sono reparador também pode ser benéfico. Após os efeitos que as atividades impõem ao corpo, é necessário um período de recuperação. E é particularmente durante o sono que os efeitos do treinamento se dão. “Quem visa o aumento de massa muscular, se beneficia do aumento de produção do GH (hormônio do crescimento), que ocorre quando estamos dormindo”, explica Sandro Matas.

Benefícios diversos – Dormir bem aumenta a disposição, capacidade de concentração, estimula a memória e o bom humor – e esses são apenas os benefícios imediatos. Em longo prazo, o sono de qualidade ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e até mesmo câncer. “Durante o sono, nosso organismo realiza diversos processos importantes, que participam e influenciam funções neurológicas e emocionais”, comenta o médico. “O sono reparador também facilita a aprendizagem de novos conceitos, evita irritabilidade e alguns tipos de dores de cabeça.”

Algumas pessoas, mesmo dormindo oito horas ou mais, se queixam de acordar cansadas e indispostas. Segundo Matas, isso pode acontecer por dois motivos. “Existem indivíduos que precisam de mais de oito horas para ter um sono reparador, podendo chegar até a doze. Outra possibilidade é alguma doença ou condição que atrapalha o descanso, exemplo, a apneia obstrutiva.”. O tempo ideal depende da idade e do ritmo biológico de cada indivíduo. Entretanto, menos de cinco horas pode ser prejudicial.

Vilões do sono – Os principais problemas relacionados ao sono, segundo o especialista, se dão por conta de hábitos e ambientes. “O lugar no qual repousamos deve ser escuro e sem interferências sonoras. Também é importante evitar alguns costumes considerados ruins, como fazer uma refeição muito pesada antes de ir deitar-se.”.

Dentre as consequências neurológicas da falta de sono, estão os problemas de memória, além de piora ou aparecimento de dor de cabeça. “Existem trabalhos que mostram associação direta de distúrbios respiratórios no sono. Com aumento da incidência de acidentes vasculares cerebrais e cardíacos, como insuficiência cardíaca e até mesmo infarto agudo do miocárdio”, explica o neurologista.

Matas reforça que, em alguns casos, é necessário buscar ajuda médica. “Quem estiver sempre indisposto, com sonolência diurna, além de roncar durante a noite, precisa consultar um especialista. Caso diagnosticado com alguma enfermidade que prejudica a qualidade do sono, o tratamento médico poderá ajudar”. A realização periódica de exames preventivos e o acompanhamento médico são ferramentas importantes na detecção e tratamento de diversas doenças, de forma segura e precoce.

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